É sabido por todos que as marcas
se aproximam de esportistas e os patrocinam para agregar valor de imagem a seus
produtos. A patrocinadora de Rolando Fenômeno prestigiou sua capacidade
interminável de se reconstruir depois de ser dado várias vezes como acabado pro
futebol. Esta Imagem já não pode ser obtida do complicadíssimo Adriano
Imperador. Cada um tem sua imagem (a do
Beckham por exemplo é uma bela imagem, rsrs) e as marcas precisam dela
emprestadas para se humanizarem e não ser somente um logotipo e números contábeis.
Obviamente os vários patrocinadores que apoiavam Maria Sharapova (linda S2, S2,
S2) o fazia para buscar pra si a imagem de obstinação, competência e
competitividade, Maria começou a jogar com apenas quatro anos de idade na Rússia
e aos seis foi levada para os EUA e foi preparada para ser uma campeã. Infelizmente
ela não se ateve a uma mudança na regulação do mecanismo antidoping, ingeriu
uma substancia através de um remédio que a partir de janeiro do ano corrente
passou a ser proibida e foi pega. Veio a publico, assumiu o erro, pediu
desculpas a todos os seus fãs e deixou claro que quer uma chance de voltar por
cima no esporte.
Quase nenhum ser humano na terra
vai conseguir chegar onde ela chegou no tênis profissional, quase nenhum ser
humano tem o nível de profissionalismo desta mulher, mas como TODOS os seres
humanos ela errou, só que diferente da maioria ela teve a humildade de assumir
o erro e não inventar historias mirabolantes para explicar o vacilo. O que me
parece contradição neste momento são as marcas deixarem de apoiar uma atleta
como esta, justamente num momento difícil como este. Eu sou administrador de
empresas e atuo exatamente com gestão de marca. Sou de uma nova corrente que
crê na humanização das empresas. Como gestor de marketing de uma das grandes
marcas que a abandonou eu faria absolutamente o contrario, a apoiaria
incondicionalmente, bancando campanhas a favor dela, inclusive. Parece-me
extremamente contradição exaltar os feitos quase sobre humanos no esporte desta
incrível mulher para se humanizar e justamente quando ela cai, mostrando que é
absolutamente HUMANA as empresas a abandonam. Este seria o melhor momento para uma
marca ganhar valores de humanidade. Claro que como gestor nunca torceria por um
capitulo destes na vida de um atleta, mas esta é sim uma grande oportunidade de
mostrar que uma empresa, uma marca, tem dentro de si sentimentos de caridade. Ela
vai voltar, espero (esperançando e esperando) que ela volte, pois acredito em
duas coisas fundamentais. Primeiro, acredito na força desta incrível mulher e
atleta e acredito também que um dia as marcas e empresas serão realmente
humanas!
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