quarta-feira, 9 de março de 2016

HUMANISMO ARTIFICIAL






É sabido por todos que as marcas se aproximam de esportistas e os patrocinam para agregar valor de imagem a seus produtos. A patrocinadora de Rolando Fenômeno prestigiou sua capacidade interminável de se reconstruir depois de ser dado várias vezes como acabado pro futebol. Esta Imagem já não pode ser obtida do complicadíssimo Adriano Imperador.  Cada um tem sua imagem (a do Beckham por exemplo é uma bela imagem, rsrs) e as marcas precisam dela emprestadas para se humanizarem e não ser somente um logotipo e números contábeis. Obviamente os vários patrocinadores que apoiavam Maria Sharapova (linda S2, S2, S2) o fazia para buscar pra si a imagem de obstinação, competência e competitividade, Maria começou a jogar com apenas quatro anos de idade na Rússia e aos seis foi levada para os EUA e foi preparada para ser uma campeã. Infelizmente ela não se ateve a uma mudança na regulação do mecanismo antidoping, ingeriu uma substancia através de um remédio que a partir de janeiro do ano corrente passou a ser proibida e foi pega. Veio a publico, assumiu o erro, pediu desculpas a todos os seus fãs e deixou claro que quer uma chance de voltar por cima no esporte. 

Quase nenhum ser humano na terra vai conseguir chegar onde ela chegou no tênis profissional, quase nenhum ser humano tem o nível de profissionalismo desta mulher, mas como TODOS os seres humanos ela errou, só que diferente da maioria ela teve a humildade de assumir o erro e não inventar historias mirabolantes para explicar o vacilo. O que me parece contradição neste momento são as marcas deixarem de apoiar uma atleta como esta, justamente num momento difícil como este. Eu sou administrador de empresas e atuo exatamente com gestão de marca. Sou de uma nova corrente que crê na humanização das empresas. Como gestor de marketing de uma das grandes marcas que a abandonou eu faria absolutamente o contrario, a apoiaria incondicionalmente, bancando campanhas a favor dela, inclusive. Parece-me extremamente contradição exaltar os feitos quase sobre humanos no esporte desta incrível mulher para se humanizar e justamente quando ela cai, mostrando que é absolutamente HUMANA as empresas a abandonam. Este seria o melhor momento para uma marca ganhar valores de humanidade. Claro que como gestor nunca torceria por um capitulo destes na vida de um atleta, mas esta é sim uma grande oportunidade de mostrar que uma empresa, uma marca, tem dentro de si sentimentos de caridade. Ela vai voltar, espero (esperançando e esperando) que ela volte, pois acredito em duas coisas fundamentais. Primeiro, acredito na força desta incrível mulher e atleta e acredito também que um dia as marcas e empresas serão realmente humanas!       

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